BLOCO DA DENGUE INVADE CARNAVAL

Bloco organizado pela Secretaria da Saúde participou do carnaval de Quintão.

Teníase (Solitária)

Conheça este parasíta e aprenda a prevenir-se.

Projeto Verão Legal de Dengue

No dia 05/02 ocorreu a blitz do Projeto " Verão Legal sem Dengue" na praia do Quintão na Avenidas dos Bancarios.

Blitz Contra a Dengue

Blitz realizada em frente ao Supermercado Lang, com o intuito de instruir os cidadãos que por alí transitavam.

I Campeonato de Maquetes

Campeonato realizado no Dia Nacional de Combate a Dengue no ginasio municipal de esportes que contou com a participação de varias maquetes. Também houve distribução de premios para as melhores maquetes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Demodicose (Sarna Canina)

DEMODICOSE CANINA









Definição e causas

Em pequeno número, o ácaro Demodex canis é um habitante normal da pele dos cães. A sua transmissão ocorre da mãe para os filhotes nas primeiras 72 horas de vida. A dermatite se desenvolve quando um número excessivo de ácaros passa a habitar os folículos pilosos, glândulas sebáceas ou sudoríparas da pele.


Patofisiologia

A patogênese da demodicose canina é complexa e não é completamente compreendida, mas alguns fatores permitem a supercolonização dos folículos e demais estruturas e, conseqüentemente, a superpopulação da pele.

A supressão do sistema imune parece precipitar a doença, em pelo menos alguns casos, mas outros fatores predisponentes já foram sugeridos ou documentados. Entre eles podem ser citados estro, nascimento dos filhotes, desmame, verminoses intensas, a administração de drogas imunossupressoras, doenças graves tais como hiperadrenocorticismo, hipotireoidismo, diabetes melitus, linfosarcoma, hemangiosarcoma e adenocarcinoma.



FORMAS E SINTOMAS CLÍNICOS

Demodicose localizada

Sua ocorrência se dá em cães com menos de um ano de idade, sendo que 90% dos casos se resolve espontaneamente em 4-8 semanas e apenas uma pequena maioria deles progride para a forma generalizada.

Os fatores predisponentes para esta afecção são alterações hormonais próprias da adolescência, endoparasitismo, estado nutricional inadequado, cirurgias, e outros fatores de estresse. Observam-se lesões geralmente no focinho, área periocular, comissuras da boca, áreas circunscritas na cabeça, conduto auditivo e membros. São geralmente observadas uma a cinco lesões, caracterizadas por eritema variável, descamação e hiperpigmentação discretos. Não há prurido, exceto se a piodermatite estiver presente.


Demodicose generalizada

Se a idade de surgimento está entre 3-12 meses, a demodicose é considerada juvenil e possui características hereditárias. Cerca de 30-50% dos casos se resolvem de forma espontânea, entretanto, é necessário monitorar o paciente de forma muito próxima. Há uma certa predisposição familiar-racial: Afghan hound, Beagle, Boston Terrier, Boxer, Chihuaua, Sharpei, Chow chow, Collie, Dálmata, Dachshund, Doberman, Bulldog, Pastor Alemão, Pointer e Pug.

Se o animal estiver com mais de 1 ano de idade, é considerada demodicose generalizada adulta e muita atenção deve ser dada a fatores predisponentes. Não há predisposição para sexo ou raça. Em ambos os casos, a doença se inicia como uma única lesão que rapidamente se espalha por todo o corpo. Geralmente, são observadas mais de 10, caracterizadas por alopecia localizada a difusa, eritema intenso, piodermatite, pápulas, pústulas, seborréia, foliculite, furunculose e até celulite. O prurido pode estar presente ou não, dependendo da existência e/ou intensidade da infecção bacteriana. Podem também ser observados linfoadenopatia, anorexia e febre.


Pododemodicose

Infecção interdigital crônica, podendo ou não haver histórico de demodicose generalizada. Há sempre a presença de piodermatite, superficial ou profunda. Ocorre especialmente em raças grandes como Dogue Alemão, São Bernardo, Pastor Alemão e Old English Sheepdog.

A sintomatologia clínica é caracterizada por dor, eritema, edema e nódulos interdigitais e digitais. Podem haver lesões em outras partes do corpo. Freqüentemente, é muito resistente à terapia.


DIAGNÓSTICO

Quando adequadamente efetuados e interpretados, os raspados de pele possuem valor diagnóstico definitivo, pois os ácaros são facilmente encontrados. A parte da pele afetada deve ser comprimida vigorosamente entre os dedos para facilitar a extrusão dos ácaros do interior dos folículos. Os raspados devem ser profundos até que se observe sangramento capilar e realizados em diversos locais. Colocar o material entre lâmina e lamínula e examinar no aumento 10 X.

Podem ser observados quatro estágios do ciclo de vida do Demodex:
– ovos em forma de fuso;
– larvas com seis pernas;
– ninfas com oito pernas;
– adultos com oito pernas.


Importante:

Um grande número de adultos vivos ou a presença de formas jovens são necessários para confirmar o diagnóstico, já que um ácaro ocasional pode fazer parte da flora normal da pele e também pode ser visto em outras patologias cutâneas.

A biópsia pode ser especialmente necessária em casos de pododermatite recorrente, pododemodicose em cães Sharpei.

No caso de demodicose generalizada adulta, torna-se imprescindível a determinação do perfil clínico do paciente através de hemogramas, bioquímica sangüínea e urinálise, além do diagnóstico de doenças subjacentes.


TRATAMENTO


Demodicose Localizada

Muitas das lesões se resolvem de forma espontânea. Além do acaricida, deve-se melhorar a saúde local da pele com o uso de xampus, cremes ou loções de peróxido de benzoíla com concentrações entre 2,5-3 % aplicados uma vez ao dia. Este procedimento visa também abrir os folículos pilosos, facilitando a ação do acaricida. O acaricida de escolha é o amitraz, diluído a 0,2-0,4%, também aplicado uma vez ao dia.

Repetir os raspados de pele a cada 2-4 semanas. O tratamento deve ser feito até que os raspados sejam negativos ou até que as lesões estejam resolvidas.


Demodicose Generalizada

Deve ser feita tosa total, especialmente se o animal possui pêlo longo. Antes da aplicação do acaricida é recomendado o uso de xampus à base de peróxido de benzoíla na mesma concentração anterior. O acaricida de escolha é o amitraz, diluído a 0,2-0,4% e deve ser aplicados em banhos semanais.

Os banhos devem ser dados por um mínimo de seis semanas, e devem ser feitos raspados múltiplos como acompanhamento a cada 2-4 semanas.

O tratamento deve continuar por 3-4 semanas após o primeiro raspado negativo e deve-se repetir os raspados para confirmação 4-6 semanas após o fim do tratamento com acaricida. Se a piodermatite estiver presente, devem ser administrados antibióticos por um mínimo de 4 semanas. É primordial o tratamento de qualquer doença subjacente.


Pododemodicose

Banhar as patas com xampus de peróxido de benzoíla e depois com solução de amitraz na diluição recomendada, diariamente. Preparar a solução no momento do banho. Alternativamente, pode preparar uma solução de 0,5-1,0 ml de amitraz em 30 ml de propilenoglicol e aplicar nas patas do animal a cada 1-3 dias. Entretanto, esta solução é instável e deve ser preparada no momento do uso. Se óleo mineral for usado, a solução pode ser preparada a cada 2 semanas.

Antibioticoterapia por longo prazo é recomendada, geralmente por um período mínimo de 6-8 semanas. Também aqui é primordial o tratamento de qualquer doença subjacente.


MONITORAMENTO DO PACIENTE

Acompanhar o animal para os efeitos tóxicos do tratamento com acaricida, que são tonteiras, depressão, bradicardia, anorexia, vômitos ou diarréia. Estes efeitos podem ser diminuídos se o animal é alimentado antes dos banhos.

A demodicose localizada possui excelente prognóstico. Já a demodicose generalizada juvenil possui prognóstico de bom a reservado. Em alguns casos podem recorrer e tratamentos locais por toda a vida podem ser necessários.

É aconselhável retirar da reprodução todo cão que tenha demodicose generalizada juvenil, devido a sua predisposição hereditária.

A demodicose adulta generalizada possui prognóstico de reservado a sombrio, dependendo da afecção subjacente e a pododemodicose geralmente se torna crônica e extremamente resistente ao tratamento.

Corticosteróides sistêmicos devem ser evitados em qualquer dos tipos da doença ou em qualquer fase do tratamento ou mesmo após a obtenção da cura, pois recorrências podem acontecer.



Fonte:
Sítio - Saúde Canina.